A palavra
cigano é um exônimo (nome pelo qual um nome próprio é conhecido em outra língua
que não aquela(s) falada(s) nativamente) para roma (singular: rom; em
português, "homem") e designa um conjunto de populações nômades que
têm, em comum, a origem indiana e uma língua (o romani) originária do noroeste
do subcontinente indiano. Também são conhecidos, em português, pelos termos
boêmios, gitanos, calons, e quicos. Hoje, existem dois grandes grupos de
ciganos no País:
a)
O Calon, oriundo de Portugal, que fala o dialeto
caló, é tradicionalmente nômade, ligado ao comércio de cavalos, carros,
correntes e artefatos imitando ouro. As mulheres praticam a quiromancia em
praças públicas, exibem dentes de ouro e pintas (sinais) no rosto;
b) O Rom, vindos principalmente do Leste Europeu e
que falam a língua romance (romani).
No Brasil, encontram-se ciganos
dos seguintes subgrupos Rom: Kalderash que se dizem “puros”, alguns ainda
nômades, trabalhando no comércio de carros e as mulheres na quiromancia e
cartomancia; Macwaia ou Matchuai, vindos basicamente da Sérvia (antiga
Iugoslávia), vivem sedentários em grandes cidades, não se identificam com o vestuário
cigano e, na sua maioria, sobrevivem de atividades da arte advinhatória;
Horahane, de origem turca ou árabe, com atividades semelhantes aos Matchuaias.
Vivem principalmente no Rio de Janeiro e só poucos ainda são nômades; Lovaria,
um grupo de poucas pessoas que se dedica ao comércio e à criação de cavalos e é
basicamente sedentário; e os Rudari, também em número reduzido, dedicados ao
artesanato de ouro e madeira, sedentários e que também vivem basicamente no Rio
de Janeiro. [1]
No Brasil
segundo números oficiais existem 295 cidades que tem acampamentos ciganos, tivemos
um presidente cigano: Juscelino Kubitschek, mas mesmo assim este povo continua
desconhecido e esquecido pela maioria da igreja. Para se ter ideia deste fato, de
acordo com dados do Censo 2010 do IBGE, existem no País cerca de 800 mil
ciganos,e
a penas 03 igrejas ciganas e 15 missionários de tempo integral entre eles. Só agora os ciganos estão entrando no mapa
missionário da igreja brasileira, mas já estão entre os objetivos de alcance
dos Testemunhas de Jeová e dos Muçulmanos faz tempo.
Pr. Igor Shimura |
Notando a necessidade
de conhecimento da cultura cigana e de um maior despertamento missionário em
direção a eles, foi promovida no dia 31 de maio, no Centro de Missões
Transculturais da Missão Juvep, em João Pessoa-PB, a 1ª Consulta Sobre os
Ciganos do Nordeste. Com participantes de vários Estados do Brasil e sob a
coordenação do Pr. Igor Shimura especialista na área, e presidente da missão Amigos dos Ciganos, durante todo dia houve palestras, e grupos de debates,
tendo entre os participantes pastores ciganos que já desenvolvem trabalhos em
acampamentos ciganos.Pelo Seminário Teo. Evang. Congregacional/JP participaram os prs. Joelson Gomes e Bartolomeu Lopes.
O Nordeste é a
região que tem o maior número de ciganos e o menor número de ministérios
direcionados aos mesmos. Os desafios são imensos, precisa-se de uma igreja
cigana contextualizada, autossustentada, e autogovernada. Mas, a necessidade
não pode ser desculpa para se tentar fazer um trabalho de todo jeito, apenas
por impulso entre os ciganos, pois para ser missionários entre este povo, deve-se
ter um chamado especifico, e ser profundamente treinado nesta cultura, sob pena
de fracassar completamente.
Saímos desta consulta
entendendo que existem imensos desafios: barreiras culturais, falta de mão de
obra qualificada, falta de conscientização da igreja brasileira para esta
realidade e capacitação para este ministério. O povo cigano é amado por Deus e
precisa ouvir o evangelho de Cristo, precisamos de pessoas e igrejas dispostas
a encarar o desafio. Foi criada ao fim do evento a Aliança Pró-evangelização
dos Ciganos, com o objetivo de trocar informações e fomentar ações concretas
destinadas à pregação do evangelho para esta cultura, ficou como seu coordenador o
Pr. Robelito Cordeiro (1ª Igreja Batista em Cruz das Almas-Bahia) ele mesmo
cigano.
Temos um
grande campo missionário entre os ciganos, mas faltam igrejas conscientes do
chamado a missão e que ore e adote esta cultura como campo de missão. Ore você também
por isso.
Impressionante seu blog gostei muito os artigos estão excelentes! eu também tenho um site gospel, porém seu blog é fantástico.
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